quinta-feira, 6 de abril de 2017




                                                                           EDUCARE     

                                                                                               Texto  publicado na Revista Escola de Pais do Brasil (seccional Anápolis), junho de 2013, páginas 14 e 15.


O processo de formação de uma criança passa por diferentes fases e que servem para direcionar o seu papel junto à sociedade; primeiro para o desenvolvimento do seu caráter e segundo para direcioná-la em um conjunto de ações que a levarão a condição de cidadã. É claro que ao longo desse caminho entre a infância e a fase adulta, quando passamos a ser independentes, ou pelo menos deveríamos ser, existem milhares de situações que conduzirão o ser, a pessoa, a definir o seu papel social.
A família, em primeiro lugar, por ser o elo que liga a criança aos primeiros contatos com o mundo, tem uma função primordial: preparar a criança para que o mundo a conheça e segundo, melhorar o mundo para que a criança o conheça. Complicado isso. Como preparar a criança para que o mundo externo a receba? Como orientar a criança sobre todos os percalços que ela terá na vida fora do grupo familiar, e que deve ser o elemento de proteção desse pequeno cidadão?
Ao mesmo tempo a família precisa contribuir na formação e transformação do mundo externo, fora do núcleo familiar, para receber esse ser. Como fazê-lo?
Talvez, essas respostas serão conhecidas com o passar do tempo.
 Penso que, o primeiro passo, a ser dado, vem de uma palavra muito utilizada e pouca aplicada em sua essência: ATITUDE.
Estamos cada vez mais isolados em nós mesmos, e transmitimos todo esse isolamento, para os nossos filhos e ignoramos completamente que a nossa função é educá-los da melhor maneira possível para entregá-los ao mundo. Como é forte a expressão “entregá-los”. Mas é isso que acontece a partir do momento que começam a caminhar com seus próprios pés. Ao descer dos nossos braços, onde os protegemos, o mundo passa a ser o elemento a ser descoberto, explorado, com seus perigos, com suas tristezas e alegrias.
O papel da família, e quero deixar claro que a minha concepção de família, ultrapassa a figura de pai, mãe e irmãos, é orientar os componentes do grupo e não pode isolar todo o conjunto de seres que circulam ao redor dos filhos e que, muitas vezes, convivem mais tempo junto a eles do que o grupo familiar propriamente dito.
Esse processo educacional deve estabelecer uma relação dos pequenos com a educação sistemática e inserir nesse contexto elementos importantes como: ética, cidadania, preservação ambiental e cultura. Esses elementos irão ajudar os pais a explicar melhor situações do dia-a-dia e, estando mais próximos aos filhos nessas dificuldades, conseguirão encaminhá-los em suas escolhas que, nem sempre são as mesmas escolhas de quem as orientam.
O mundo que vivemos, herdamos de nossos pais, nossos avôs, ele mudou e para acompanhar essas mudanças, devemos tentar entendê-las,  para que possamos diminuir os conflitos e ajudar nossos filhos a explorar com mais calma esse universo que nos rodeia.
Assim, podemos lembrar um pequeno trecho da música Canção do Novo Mundo – Milton Nascimento - que retrata a confiança que devemos ter enquanto seres pertencentes ao mesmo mundo, mas de gerações diferentes.
“Quem sonhou
Só vale se já sonhou demais
Vertente de muitas gerações
Gravado em nosso corações
Um nome se escreve fundo
As canções em nossa memória
Vão ficar
Profundas raízes vão crescer
A luz das pessoas
Me faz crer
E eu sinto que vamos juntos”.

                   

REFERÊNCIA

. Canção do Novo Mundo – Milton Nascimento












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