quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Olá pessoal...voltando com um texto que foi publicado no Informativo do Sinpror - Anápolis. Como vocês sabem, além de professor, sou Diretor no Sinpror, que representa os professores da rede particular de ensino. Espero que gostem, comentem e compartilhem. Grande abraço!

                     
                           EXISTE ALGO DE PODRE NO ENSINO SUPERIOR EM ANÁPOLIS

            Colegas mestres e alunos, durante muitos anos o mercado de trabalho, em Anápolis, para professores universitários, estava  restrito a uma faculdade privada e uma pública. Durante anos os trabalhadores em educação, assim como alunos, acabavam se deslocando para Goiânia e Brasília para trabalhar no ensino superior.
            Anápolis se desenvolveu e hoje é conhecido com um polo universitário de respeito no cenário nacional. Centenas de vagas, para as novas instituições de ensino, foram criadas e cada vez mais, exigi-se qualificação para os professores que, através de investimentos pesados, busca avançar em seus conhecimentos e satisfazer as expectativas dos novos grupos educacionais que se instalaram em nossa cidade.
            Nos últimos anos as IES que aqui chegaram, passaram a desprezar todo investimento feito pelos professores iniciando uma onda de demissões daqueles que tanto lutam para satisfazer o mercado e suas necessidades. São mestres e doutores que foram demitidos sem justa causa, após serem utilizados para o reconhecimento de cursos  ou tiveram redução de carga horária o que levou, como consequência, a redução de seus vencimentos.
            O que levou essas IES a tomarem essa atitude?
            Qual interesse por detrás dessas demissões?
            A quem interessa a redução no quadro de professores dessas IES?
            Com certeza a cidade de Anápolis sabe a resposta a todas as perguntas feitas. A educação superior , assim como toda educação privada, passou a ser vista como mercadoria e  o objetivo final é o lucro, não importando as consequências futuras paras os filhos de nossa cidade e de todo estado. Essas IES desprezam o profissional da educação fechando postos de trabalho e levando professores a abandonarem a profissão.
            Aqueles que, ainda não foram demitidos, sofrem de assedio moral, pressionados a desenvolverem suas atividades em salas superlotadas que chegam a ter mais de 150 alunos. Salas que, na maioria das vezes, não tem estrutura que permita o bom desempenho do professor e a melhoria do aprendizado dos estudantes que ali buscam conhecimento.
            Salas apertadas sem ventilação com material de apoio de baixa qualidade, diminuem  a atenção dos alunos  e levam o professor a exaustão plena o que compromete o desenvolvimento do seu trabalho e de sua saúde.
            Ao transformar a educação em mercadoria e alunos em clientes, as IES acabam esquecendo o ser humano e da importância da educação para esses jovens enquanto futuro, enquanto cidadãos.
            Somente a Anhanguera Educacional, IES que adquiriu a Faculdade Latino Americana, demitiu nos últimos dois anos mais de 200 professores e nos últimos meses mais de 50 professores com o título de mestre. Essa instituição traz em sua pratica educacional a desvalorização do professor, ignorando sua importância e seu papel de destaque na formação dos alunos.
Péssimas condições de trabalho, baixos salários e a falta de incentivo para o desenvolvimento da profissão é o retrato triste da educação em nossa cidade e região. Professores a beira de um ataque de nervos que estão mudando de profissão ou tendo que enfrentar essa situação para não perder seu emprego. Professores que continuam a ganhar como especialistas, mesmo tendo terminado o mestrado, com medo de serem demitidos.
            Agora somos nós do SINPROR que perguntamos: educação é mercadoria?

            Chegou a hora de darmos um basta nessa situação chamando a todos pra enfrentarmos aqueles que só pensam no lucro. Professores e alunos juntos para dizer NÃO a todas as IES que acham que educação é sinônimo de riqueza. Vamos luta, em nome de um futuro melhor e do respeito aquele sempre ajudou no desenvolvimento do nosso país.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

NENHUM DIREITO A MENOS

Olá pessoal...nos dias 09,10 e 11 estaremos participando do Seminário de Negociação Salarial e Reforma da Previdência Social, que será realizado em Belo Horizonte. Estarei representando o Sinpror e vou produzir material para deixar em nosso blog. Segue matéria sobre o Seminário produzida pela CONTEE...nenhum direito a menos.

Seminário de Negociação Salarial e Reforma da Previdência coincide com a instauração das comissões ‘reformistas’ no Congresso.

Começa na próxima quinta-feira (9) o Seminário de Negociação Salarial e Reforma da Previdência promovido pela Contee. A atividade, que acontecerá em Belo Horizonte, irá até o dia 11 de fevereiro e discutirá temas como: as mudanças nas relações de trabalho, incluindo precarização e flexibilização; a crise econômica e a retirada de direitos através das reformas previdenciária e trabalhista; e a luta sindical e as formas de resistência junto ao Parlamento e ao Judiciário.
O seminário será realizado num momento crucial, uma vez que nesta semana também acontece a instauração da comissão especial que analisará a reforma da Previdência no Congresso Nacional.  Esse é o próximo passo no rol de ataques aos trabalhadores, já que a comissão responsável pala reforma trabalhista já foi constituída na última sexta-feira (3). O relator desta deve ser o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que votou favoravelmente ao PL 4.330/04, da terceirização, e afirmou, em entrevista, que sua intenção é fazer um “pente-fino” nos mais de dois mil projetos de mudanças na legislação trabalhista em tramitação, para acelerar a reforma, podendo incluir temas polêmicos evitados pelo Planalto, como a própria terceirização e o trabalho intermitente.
Por isso, no seminário desta semana, um dos momentos fundamentais será a intervenção das federações e sindicatos filiados à Contee, a fim de construirmos um eixo nacional comum para nossas campanhas salariais, mas também para a luta contra a retirada de direitos.
Da redação, com informações do